Dia da Língua Portuguesa @ FU Berlin

No próximo dia 27 de Junho (quarta-feira) será comemorado o Dia da Língua Portuguesa na Freie Universität Berlin, sendo possível assistir a um conjunto de palestras sobre o tema.

 

PROGRAMA

 

10:00 – Abertura e inauguração solene da exposição „Fernão Mendes Pinto“ por Sua Excelência o Senhor Embaixador de Portugal, Luís de Almeida Sampaio, e apresentação de cumprimentos pelo Vice Presidente para os Assuntos Internacionais da FU Berlim, Prof. Dr. Werner Väth.
Foyer Auditório 1a

 

11:00 – Palestra: „Fernão Mendes Pinto no contexto da literatura de viagens“ pela Drª Sílvia Pfeifer, Coordenadora do Ensino do Português na Alemanha.
Sala L 113

 

14:00 – Leitura (alemão/português) por Sarita Brandt, tradutora literária e intérprete de conferência, da obra „Era outra vez um gato xadrez“ da escritora brasileira Leticia Wierzschowski + Debate sobre os problemas da tradução.
Sala K 24/11

 FU Berlin – Habelschwerdter Allee 45 – 14195 Berlin
Org.: Ministério dos Negócios Estrangeiros/Instituto Camões

„Berlim é uma cidade multicultural“ (Entrevista II)

Entrevista a um jovem estudante (24 anos) de Coimbra. Viveu três meses na Alemanha.

 

– O que é que pensavas sobre os alemães antes de vires para a Alemanha?
Eu acho o que todas as pessoas pensam. Um país muito organizado e cuidadoso com as regras. Os alemães são definidos como rígidos e como não conseguindo muitas vezes entender o humor dos outros.

 

– Qual foi a tua primeira impressão quando chegaste?
A minha impressão quando cheguei foi muito positiva e que, de facto, tudo funciona como realmente deve ser. Por exemplo, o metro ou os autocarros são sempre pontuais. Tinha também uma boa impressão dos alemães porque sempre foram muito gentis comigo, mas muitas pessoas diziam-me que as pessoas em Berlim são diferentes em comparação com as de outras cidades na Alemanha.

 

– Os teus preconceitos foram confirmados ou mudaste as tuas ideias?
Foram mais ou menos confirmados, em particular o preconceito que tinha sobre a organização dos alemães. Aquele que eu não esperava foi a abertura cultural dos alemães. Achava que eram mais fechados e que fosse difícil socializar com eles.

– Na tua opinião qual é o aspecto cultural mais difícil para uma pessoa se adaptar?

Não sei responder muito bem a essa pergunta. Eu fiquei só três meses em Berlim. Não encontrei muita dificuldade de adaptação, acho, porque Berlim é uma cidade multicultural.

 

– Tiveste alguma situação divertida por causa das diferenças culturais?
Sim, uma vez. Foi quando tinha de me encontrar com uma amiga minha alemã para tomar um café. Ela tentava encontrar um dia para tomar um café comigo e mostrou-me o seu caderno onde estavam escritos todos os seus compromissos da semana. Para mim foi um pouco estranho. Em Portugal normalmente não se faz assim.

 

Entrevista realizada por Rosario Tomasello

A perspectiva de uma jovem portuguesa em Berlim – Entrevista

Tal como foi dito no primeiro post, estamos a contar com a vossa participação no envio de materiais feitos por vós ou que considerem interessantes. Basta apenas enviarem um email (ver na secção „Sobre nós„) com os vossos textos, imagens ou vídeos que gostariam de ver publicados. Se tiverem dúvidas em relação à qualidade do vosso português, não se preocupem. Nós seleccionamos e corrigimos eventuais erros. Encarem esta participação como uma oportunidade de aprenderem mais e de treinarem o vosso português!

Hoje publicamos uma entrevista realizada pela estudante de português na FU, Tina Conrad, a uma jovem portuguesa residente em Berlim. Nesta entrevista Irina fala da sua experiência na Alemanha, daquilo que mais sente saudades no que diz respeito a Portugal e dos estereótipos.

 

ENTREVISTA
a Irina, intérprete portuguesa (24 anos) que mora em Berlim desde há um ano.

Tina (T): Gostas da vida em Berlim?
Irina (I): Sim, adoro a vida em Berlim!

T: Do que é que sentes mais falta?
I: Sinto falta da família, dos amigos, da comida, do mar e dos Pastéis de Belém!

T: Quais são as maiores diferenças em comparação com o teu país?
I: Creio que a grande diferença reside nas pessoas. Sem dizer que umas são melhores que as outras, a mentalidade aqui na Alemanha é bastante diferente da mentalidade portuguesa.

T: Qual foi a primeira imagem quando chegaste em Berlim?
I: A primeira imagem foram as casas. No centro da cidade ainda há casas muito bonitas e não apenas prédios feios como em algumas cidades.

T: Qual foi a imagem que tinhas antes de vires para a Alemanha?
I: Tinha a ideia de uma cidade/país com casas de madeira bonitas com muitas flores em canteiros. Depois, fiquei a perceber que essas casas são mais típicas no sul da Alemanha!

T: Quais eram as tuas expectativas em relação à Alemanha?
I: Esperava um país com oportunidades, com muito intercâmbio cultural e com boa comida.

T: Tinhas preconceitos? Quais? Verificaram-se?
I: Sim, existe um preconceito generalizado em Portugal de que os alemães são antipáticos, frios e muito cumpridores das suas obrigações. Não sei se Berlim é uma exceção, mas fiquei a perceber que os alemães são, na generalidade, muito simpáticos e abertos e que são mais relaxados e flexíveis do que estava à espera.

T: O que é que levarias para o teu país? O que é que trarias para a Alemanha?
I: Levaria as “Bratkartoffeln” e traria um pouco mais de sol.

T: Mudaste desde que estás aqui?
I: Não. Continuo a ser a mesma pessoa, mas talvez com certos hábitos diferentes.

T: Voltarias para o teu país?
I: Sim, espero um dia voltar e poder levar um pouquinho daquilo que a Alemanha tem de melhor.

 

por Tina Conrad (Portugiesisch Basismodul 2, Sommersemester 2012)